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China critica países que exigem testes anti-Covid de viajantes

O governo chinês criticou nesta terça-feira (3) os países que reimpuseram a obrigatoriedade de um teste de Covid-19 para os viajantes que provenham da China por conta da forte onda de contágios da doença. Pequim ainda alertou que podem aplicar “contramedidas” como forma de “reciprocidade”.

“Alguns países colocaram restrições na entrada exclusivamente para viajantes chineses. Isso não tem base científica e algumas práticas são inaceitáveis”, disse uma das porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em sua coletiva diária.

Desde o fim de dezembro, quando os casos na China bateram recordes diários, muitos países da região e também da Europa e das Américas voltaram a exigir o teste para permitir a entrada sem um período de isolamento de quem sai do país asiático – sejam cidadãos chineses ou não.

No entanto, ao menos na União Europeia, as decisões foram tomadas de maneira individual, com o principal órgão sanitário do bloco, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) se opondo às restrições. Nesta terça, o órgão voltou a manifestar contrariedade à exigência dos testes.

“Não se prevê que a onda de casos de Covid na China influenciará na situação epidemiológica da doença na União Europeia e no Espaço Econômico Europeu. As variantes que circulam na China já estão em circulação na UE e, como tais, não representam um perigo para a resposta imunitária dos cidadãos UE/EEE. Além disso, os cidadãos UE/EEE têm níveis de imunização e vacinação relativamente altos”, diz a nota do ECDC.

Porém, mesmo com a recomendação, os principais países europeus não devem reverter as medidas tão cedo.

Como a China mudou a forma de cálculo dos casos e das mortes, não se sabe mais quais são os números reais da pandemia.

Antes da mudança, no início de dezembro, quando a polêmica política “Covid zero” foi abolida, a média de contaminações estava em 35 mil, conforme o portal Our World in Data. Agora, esses dados não estão mais disponíveis. Alguns sites britânicos chegaram a falar em centenas de milhares de casos por dia, mas os números não são checáveis.

 

Fonte: ANSA via Rondoniaqui News

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